27.8.10

1up


 Havia um tempo em que os jogos de vídeo não tinham fim, eram dimensões paralelas que tinha que fazer sentido levar alguns pontos coloridos até outros pontos coloridos, se passava horas pra bater seu próprio recorde, e os gráficos modestos eram compensados com o elevado nível dos desafios, em tempos em que  alguns sites e a televisão tentam aproximar seu conteúdo de uma interatividade ao público os games não só criaram esta opção como a expandiram para universos de opções... rola até um documentário disponibilizado no youtube bem interessante que e assisti há uns tempos ["a era do video-game" aqui] (ainda que com uma abordagem por vezes monótona).
 Ao ter em mãos o recém lançado Super Mario Galaxy 2 (maio desse ano), me levou novamente a sentir o ecstasy que os grandes jogos podem fazer conosco.

   
 Esse ano foi comemorado os trinta anos de Pac-man, é inegável a participação deste no desenvolvimento dos video-games, lembro-me como era desafiador passar fase após fase, Pac-man foi um dos jogos "divisores de águas", entender a importância de um game requer entender todo o contexto que ele está envolvido, Pac-Man trouxe o primeiro protagonista de fato dos video-games, o desafio de leva-lo por entre as pílulas amarelas era imenso e fascinante, e como era de se esperar outros personagens iriam ascender também marcando um novo conceito/gênero/estilo/geração como o bigodudo da Big-N.

 Meu primeiro video-game foi um mega-drive já em final de carreira (por volta de 1993) e seus surrados cartuchos de Ninja Gaiden e Street Fighter II - não vou contar minha história com os games em si, e sim com o personagem aqui principal - pela metade da década de noventa surgiu o que tenho até hoje pelo maior video-game de todos os tempos, o Super Nintendo, com seus gráficos melhorados, som melhorados e uma infinidade de jogos que iam a todos os genêros - isso se não os inventava - era uma verdadeira academia nerd entre os moleques que não jogavam futebol muito bem, sua importância é tamanha que ficará para um post especial, quando Super Mario Bros chegou melhorado ao Super Nintendo e o encanador italiano se transformou no maior ícone dos games, foi uma verdadeira revolução em 2D que não parou ali, a cada jogo os japas da Big-N se superavam, definiam novos parametros de qualidade ( inclusive Super Mario 3 é o meu favorito do SNES) mas, a aposta mais arriscada já feita pela Big-N estava por vir.

 No final da década de noventa os games não pensavam em outra coisa se não o mundo tridimensional, já há algum tempo presenciado nos cpu's. Eu usava sapatos engraxados pra ir pra escola, assitia trapalhões depois do almoço e tinha um Nintedo64, sim um N64 ao invés de um Playstation, ele era um video-game sensacional que perdeu-se por arriscar no uso de cartuchos, muito mais dispendiosos (e oldschool) que o uso de cd como a Playstation propunha, junto ao console, vinha Super Mario 64, muitos fracassaram na transposição para o tridimensional (Pac-Man que o diga), mas foi ali que Mario Consolidou a Nintendo, esta perdeu por vários anos jogadores e dinheiro para a Sony com seu Playstation e Playstation 2, mas uma coisa  era certa, nunca deixou de primar pela qualidade, o N64 fracassou, ok, mas teve alguns dos melhores jogos que já joguei na vida (Zelda, Mario 64, Banjo&Kazooie, etc...).

 Falando sobre Games nas nossas vidas, pensem bem, os games ocupam um espaço nas lembranças de muita gente e seria injusto ignorar sua influência no cotidiano de quem os teve tão próximos por anos (muitos ainda aos dias atuais), parecida a outras formas de entretenimento, os games tambem podem ostentar status de arte? Te envolver e te emocionar não seriam requisitos? confesso que ainda não se chegou nas fórmulas ideias para se "atingir" o público mais profundamente, mas já se vê um avanço, mesmo sendo um nicho posso falo a todos que tenham posto um controle em mãos um dia, quem não jogou Zelda por horas e se sentiu um elfo atrás de sua princesa, encarar um Call of Duty vestindo o uniforme e indo à guerra, lutar contra várias pessoas do mundo só pra saber o desfecho do final de Street Fighter, superar-se e passar obstáculos e montar quebra-cabeças em Prince of Persia? Os jogos ficam um pouco em nós mesmo depois dos controles deixados de lado, e num dia desses, quando menos esperava, deparei-me com uma obra de arte vinda da Big-N.
Breve Comentário a Super Mario Galaxy 2:

 SMG2 é a diversão em si, sem a pressão de criar um jogo do encanador para seu mais recente console, SMG2 é um Galaxy incrementado, com novos power ups, a participação de yoshi e uma dinâmica mais direta, aqui se joga em forma de tabuleiro (utilizado tambem em New Super Mario Bros.Wii) as aventuras corpos esféricos vira referência de qualidade mais uma vez e como de costume várias citações a jogos anteriores é introduzida de forma inteligente, é como se fôssemos surpreendidos com coisas que vemos há mais de quinze anos! (eu so tenho 23), o grande "Ás" de SMG2 está no seu próprio desenvolver que traz uma renovação na sua jogabilidade a cada fase o que faz com que nos deparemos no seu decorrer sempre com um novo "brinquedo", é a primeira vez que um console tem dois jogos de plataforma do bigodudo, o que cabe dizer que deu certo, o visual e a trilha são sublimes e foram levemente modificados do original, em resumo, é virar criança novamente, é lindo.

      

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