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Como me peguei re-assistindo este classico (?!?!) do Jim Jarmusch aproveito para por aqui o texto que redji ha um tempo atrás sobre o filme. desculpem os erros, pois tenho um grave problema de não revisa-los.
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Poltrona, biscoitos com recheio de goiaba, controle remoto e play. O filme, Dead man (1995) de Jim Jarmusch, o interesse por ele veio com os belos, Flores partidas e Sobre café e cigarros, e tambem pelo fato dele não ter muita coisa publicada. spoilers sem compromisso a seguir (?!?!)
Genero: Western
Ano: 1995
Direção e Roteiro: Jim Jarmusch
País(es): Estados Unidos, Alemanha e Japão
Idioma: Inglês
.Dead Man é um western pscodelico (isso mesmo, psicodelico), todo em preto e branco o filme conta a história de William Blake (Depp), um contador de Cleveland que deixa sua terra natal para tentar um emprego numa cidade distante, ao chegar na cidade, nada dá certo, o emprego é negado e ele fica sem ter pra onde ir ou como voltar. Está lá ele a ver navios até que uma vendedora de flores de papel (gostosa) o convida pra ir junto pra sua casa, após passar a noite furunfando ele depara-se com um ex-amante da moça, Charlie (Byrne), que aparece no quarto de surpresa, na confusão, a moça e Charlie morrem e ele foge no cavalo do homem agora morto. É então posto sua cabeça a premio aos tres maiores matadores da região. ferido e sem ter pra onde ir é encontrado por um indio chamado Aquele-que-fala-alto-mas-não-diz-nada ou como gosta de ser conhecido "Ninguem" (Gary Farmer) e com ele segue sua jornada para se manter vivo, Spoilerzadas a parte, essa é a premissa de Dead Man, A jornada de Depp para se manter vivo, que ao decorrer do caminho vamos acompanhando sua aceitação a ideia de que está na verdade morto.
O filme é detalhista, cheio de poesia, metaforas e de um sutil humor, o proprio indio chamado "ninguem", acha que Blake é um poeta inglês, ao decorrer do filme vemos "Ninguem" se tonando seu guia espiritual e recitando alguns poemas deste a quem ele jura ser um poeta, os clichês estão muito bem postos e ao decorrer do filme vão crescendo tão quão o proprio.
Momento poético: Um viadinho morto
.Jarmusch faz um Western sem a fidelidade a este, apenas o usa para ambientar sua história (o que a deixa mais poetica), nas primeiras cenas do filme o diretor já nos mostra a que veio, contar uma história pelas imagens (destaque para a excelente fotografia) e quando usa dos dialogos não os usa a toa, são postos com cauela, para nos informar, nos situar ou mesmo deixar pistas no enredo. As muitas aparições no filme, como as de Iggy Pop, Gabriel Byrne, Robert Mitchum, John Hurt, Alfred Molina e Billy Bob Thornton, só me deixam mais convicto de que Jarmusch é alguem que se deve respeito por pôr um monte de gente legal no mesmo filme. (assita Sobre café e cigarros)
A atuação de Depp é muito boa (isso sim um clichê), mas não chega a ser a que nos cativa no filme, e sim a de "Ninguem", o indio guru feito por Gary Farmer, e tambem vale lembrar o bad guy de Lance Heriksen.
Detalhe delicia para o final...
Desde o inicio do filme ele segue pontuado com intervalos, (acaba cena - escurece - começa cena) e na busca pelo que nem ele mesmo sabe (Blake, o personagem) segue tambem pontuada por uma trilha sonora que de inicio nos parace dispensável, mas que ao decorrer vai se tornando de envolvente a uma codjuvante em cena, crescendo junto com o filme (nada melhor do que pontuar cenas de western que violão folk e riffs de guitarra)
E dava pra ser diferente com Neil Young no posto de escritor e perfomista das mesmas? trilha delicia. No fim das contas, recomendado pra momentos em que vc quer dizer que é entendido pra sua namorada em filmes cool... (afinal, juntar tiros e poesia não é todo dia)
E dava pra ser diferente com Neil Young no posto de escritor e perfomista das mesmas? trilha delicia. No fim das contas, recomendado pra momentos em que vc quer dizer que é entendido pra sua namorada em filmes cool... (afinal, juntar tiros e poesia não é todo dia)
Citações legais no filme:
"Ninguem" vive perguntando a Blake, "Tem Fumo?" e ele sempre a responder "Não, eu não fumo", o fumo é dado por alguns indios a seus mortos.... Outra, o sheriff ao morrer faz uma citação a Cristo explicita.
- Meu nome é ninguem
Bem... apesar de não ter muto valor para apreciadores gore, o filme é delicia para nerds cinefilos...
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