7.4.10

Doze Imundos ou Bastardos Inglórios

 Adorável mundo pop, Bastardos Inglórios, o novo filme do diretor Quentin tarantino, e pra mim o melhor filme do ano passado, mostra o diretor desenvolvendo um épico de guerra onde fica claro suas influências setentista, época em que os filmes chutavam a bunda de qualquer mané sem se preocupar com o "politícamente correto", seja Steve Mcqueen em seu "Fugindo do inferno" ou mesmo Clint Eastwood em "Desafio das Águias".
 Dia desses encontrei no "amigo da praça" uma edição puída de Os Doze Conndenados de Robert Aldrich, e que me levou a crer que este deve estar senão na estante de Tarantino, em algum lugar escondido pela sua casa.    


 Homenagens no cinema de Tarantino são um bônus a parte, desde a narrativa de Cães de Aluguel com forte influência de Kubrick à referencias físicas como o Dogde challenger 1970 em Death Proof e sua homenagem ao road movie Vanishing Point; Dizer que o cinema de Tarantino é uma "colcha de retalhos" que se ajusta a um roteiro bem trabalhado é chuver no molhado, então partamos para a proposta inicial, dentro do mais refinado filme do diretor, Bastardos Inglórios, existe as inúmeras homenagens ao cinema de guerra, e entre esses, Os Doze Condenados (Dirty Dozen) de 1967, filme que levou ao cinema grandes nomes do gênero como Lee Marvin que encabeça a trupe, que ainda conta com Jim Brown, John Casavetes, Charles Bronson, Tely Savalas entre outros, o enredo não poderia deixar de ser simples já que abrigava uma enorme quantidade de testosterona em tela, o plot fácil dá espaço pro diretor Robert Aldrich trabalhar as personalidades distintas do elenco. Nos anos finais da segunda guerra mundial, é dada há um grupo de condenados a chance de reabilitarem-se através de uma missão para eliminar líderes nazistas, boa parte do filme é ocupada com o treinamento e contradições desses prisioneiros, tinha adorado o filme e li umas críticas do longa que apesar das ótimas atuações pecava em sua duração e em seqüência um climax rápido, sem dúvida Aldrich teve mais sucesso em seus outros filmes, até porque dominava as técnicas do suspense (como  "O que terá acontecido com o Baby Jane?" e "A Morte num beijo"), mas fez um épico de guerra tendo como base o treinamento e não a execução deste em si, pensem bem, Jesus Cristo e Luke Skywalker foram os escolhidos, mas suas histórias deixam de lado seu treinamento, por achar que seria desinteressante contá-las, tanto na bíblia, onde não se conta a adolescência de Cristo como na obra de George Lucas que mostra poucos esforços de Yoda no treinamento Jedi.
  Dirty Dozen é um filme que já em 1967 opta pelo treinamento físico e psicológico dos prisioneiros como principal base do filme, fez isso abrigando diversos cars fodões, e que mesmo com algumas falhas, além de vermos no cinema de Tarantino seus frutos, mostra que em "bolas" a década de 60 e 70 é ponto de referência.  

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