11.3.08

Metropolis

Algumas impressões do alemão que entrou na minha lista de melhores de todos os tempos.


Ficção Científica (?)
Ano: 1926
Direção: Fritz Lang
Roteiro: Fritz Lang e Thea Von Harbou
Alemanha / pb / 153min

Ha muito venho tentando me desvincular do cinema holywoodiano, principalmente com as produções europeias, apesar da inevitavél qualidade norte-americana, ha coisas que nem se jogassem uma frota de aviões no tio sam eles seriam capazes de fazer; Metropolis, filme de Fritz Lang é prova disso, chegou em minhas mãos por indicação de alguns blogs que leio e é daqueles filmes que inegavelmente você tem que assistir antes de morrer.
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O filme de 1926 tem vários trechos perdidos, sobrepostos por interlúdios com a descrição do que ocorre na cena original, lógico que sentimos falta dos trechos, mas esses não deixam a obra se minimizar.
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"Mittler zwischen hirn und händen muss das hearz sein!" traduzindo pro bom português "O mediador entre o cerebro e as mãos é o coração", e assim começa o longa germanico que aos primeiros minutos nos lança ao seu enredo, uma sociedade futuristica dividida em duas classes distintas, operariado e aristocracia, ou mesmo dominados e dominantes.


Lembrou do Pink Floyd?

A classe dominada, os opérarios, vivem no subterraneo da cidade e trabalham dez horas por dia sem direito a falhas (com punição de serem engolidos pela maquina Moloch) enquanto os aristocratas playboys criados a tody e passatempo, se reservam apenas a vida mansa e correr atrás das raparigas, ou seja, uma hora tinha que haver uma revolta e acabar essa mamata.
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Lang nos conduz a conhecer Metropolis através de Freder (Gustav Fröhlich), um filho da aristocrácia que apaixonasse por uma operária e então presencia as crueldades de uma sociedade de estrutura social imutavél.


(Spoiler Canalha)
Esta estrutura é abalada quando Joh Fredseren (Alfred Abel), o manda chuva e pai do jovem citado, descobre que estão planejando tentar reinvindicar direitos através de Maria (Brigite Helm) uma moça que fala em paz e espera o escolhido que mediará entre senhores e "escravos", Fredseren antecipa-se e junto a um antigo amigo que virou um cientista louco, capturam a moça para troca-la por um androide que incentiva a violência e faz danças bizarras. Reviravoltas, lutas até o desfecho a qual o filme inicia: "Mittler zwischen hirn und händen muss das hearz sein!"
(/Spoiler Canalha)

ZumZUmZumZuMzuMzUMzumzUm

Alusões bíblicas, mistério, ação e romance, completam o leque que envolve o público e o mantém em suspense até ao final, a trama é muito bem escrita, deriva do livro homônimo de Thea Von Harbou (tambem roteirista e mulher de Lang), mas sem duvida a direção é linda demais e me restringi a destacar poucas coisas do enredo e mais sobre a abordagem do filme, até porque este é expoente do Expressionismo alemão, as falas são secundárias às interpretações cheias de exagero e emoção (por vezes hilariante), algumas cenas são clássicas e mostram a visão inovadora de Lang, como o castigo dos operários presenciado por Freder (o filho do manda chuva), a então maquina Moloch que engoli os trabalhadores descuidados, a cena da perseguição de Rotwang (o cientista louco) atrás de Maria, a cena das alucinações de Freder, a dança bizarra da androide no clube e outras coisas lindas de deus.

Só pra citar o impacto que o filme teve, influênciou diversos outros como Blade Runner (1982), de Ridley Scott e Minority Report (2002), de Spilberg, alem do que que o Füher, o próprio, gostou tanto do filme que chamou Fritz para gerir o cinema nazista, nesse periodo ele se exilou nos States e só voltou a alemanha em 1950.

Outro aspecto é que o filme é originalmente mudo, e só ganhou a versão musicada em 1984 pelo compositor Giorgio Moroder

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